Esta regra aplica-se aqui neste tasco

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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Deficiência vs Estupidez

Hoje ao chegar ao estacionamento do Colombo deparei-me como uma real confusão ( a chuva faz as  pessoas no geral ficarem ainda mais estúpidas, vá-se lá saber a razão ) e enquanto procurava lugar avisto uma senhora em cadeira de rodas um pouco no meio da via ao que me pareceu estar a reservar o lugar ( que depois percebi que era para o marido ) e como tal abrandei.

Entretanto vem um Seat Leon FR armado ao pingarelho, faz uma manobra de merda que quase atropelava a senhora e estaciona no lugar reservado a deficientes.

Eu como sou um gajo simpático abro a janela assim que a besta sai e chamo em voz alta " senhor deficiente, oh senhor deficiente", o gajo olha para mim e pergunta com cara de mau se era com ele que estava a falar ao que educadamente lhe respondo que com a condução de merda que mostrou e ao estacionar naquele lugar que só podia ser deficiente motor ou atrasado mental...ficou ofendido e a oferecer porrada, não percebi porque!!

Entretanto chegou o marido da senhora e um segurança que perguntou o que  se passava e dirigindo-se á besta perguntou se tinha alguma deficiência que lhe permitisse estacionar ali...eu prontamente respondi que também achei isso mas que afinal devia ser apenas estupidez cronica. E virei costas.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Momento marcante do dia...


Aproveitando que S. Pedro parece ter lido o meu desabafo e nos brindou com uma tarde de sol ( e sem vento, vejam la o miminho hein ), fui dar uma volta até á zona da restauração e esplanadas do ZOO de Lisboa. Depois de estacionar o carro, encaminhei-me ate á entrada do mesmo. Nesse momento fui abordado por um vendedor da revista Cais. Como é sua missão, tentou vender-me um exemplar da publicação. Respondi que vinha petiscar algo rápido e não tinha dinheiro trocado comigo. O simpático senhor que aparentava ter 50 e tais diz-me então: e não me paga um hambúrguer? Para minha própria admiração, não hesitei em lhe dizer "sim claro, venha daí", e levei-o comigo ao balcão da esplanada que costumo frequentar. Perguntei o que queria comer, ajudei-o nesse processo pois disse-me  que não sabia ler e via mal e pergunto-lhe: "o que quer beber?" Fiquei espantado com a resposta. Um copo de água, disse-me. "Não quer um sumo,uma cerveja ou algo do género?" Não, um copo de água chega. Dei-lhe um hambúrguer duplo com tudo o que tinha direito, um prato de batatas fritas que fiz questão de pedir que viesse bem aviado e uma garrafa de água ( acabei também por mandar embrulhar a minha bifana e dar-lhe ). Virou-se para mim e disse: "Que Deus o abençoe. A si e à sua família. O seu gesto faz-me continuar a ter força para viver".

Não fiz nada de extraordinário mas fodasse, foram 7€ super bem gastos e que me fizeram sentir a pessoa mais especial do mundo!!

Os amigos e as mentiras piedosas...


Se há pessoas que mais nos mentem são os nossos amigos. Obviamente que não o fazem por mal, mas a verdade é que não ajudam nada nas mais diversas situações:

  • Ir às compras com um amigo(a). Vamos experimentar algo que nos fica ridiculamente mal. Mas, a peça ficava tão gira no cabide que queremos compra-la. Para obter uma segunda opinião, perguntamos ao amigo(a) se estamos bem. "Ficas mesmo bem. Parece que foi feita para ti", representa 90% das respostas, mesmo que nos passe pela cabeça que o nosso amigo(a) fica ridículo com aquela roupa. Isto é ajudar e ser amigo(a), pergunto?

  • Há muito que desejamos mudar de visual. Fazer aquele corte radical que sempre gostámos de ver nos outros. Vamos ao cabeleireiro e a realidade é que nos fica mesmo mal. Pedimos opinião aos amigos. "Gosto tanto! Fica-te mesmo bem. Não mudes", representa mais uma vez 90% das respostas, mesmo que só nos apeteça rir à gargalhada. Estamos a ajudar?

  • Desilusões amorosas! Quando os amigos precisam de consolo, depois de uma desilusão amorosa, que pode ter sido motivada por alguém que não presta e que nós sempre avisámos que não presta, os amigos são capazes de dizer mil mentiras para tornar a situação menos complexa. "Que surpresa! Estou espantado(a)! Não pensei que ele(a) fosse capaz de te fazer isso", diz-se em 90% das vezes. Será que este comentário vai resolver algo?

Compreendo os motivos que levam os amigos a mentir mas, pessoalmente, prefiro a verdade. E como prefiro, faço dela regra geral nas relações com as pessoas de quem gosto. Normalmente,  sou de brincar e perguntar "queres a resposta de amigo ou a sincera"? Não sou capaz de mentir só para agradar.

No primeiro caso, não tenho qualquer problema em dizer que a pessoa fica ridícula com aquela roupa e que não a devia comprar. Tal como digo que o look não favorece nada, se for caso disso. O último caso, o mais sensível, também não é excepção. Num caso igual ao que referi, sou capaz de dizer: "quantas vezes te avisei que isso ia acabar assim? Se estás assim não foi por falta de aviso." Assumo que isto soe a bruto e que muitas das vezes sou brindado com algo como " Rico amigo que me saíste, mal já estou, não precisas ajudar á festa".

Mas por experiência pessoal, nestas alturas prefiro alguém que não me deixe retirar os pés do chão em vez das frases feitas que tentam tornar cor-de-rosa o que é negro e sempre será escuro. Amigo é para ser sincero. Para as frases feitas já chegam os conhecidos.

Estarei errado?!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Caro S. Pedro ( ou la como te chamas...)

Há pelo menos 2014 anos que a entidade que gere o clima, alegadamente São Pedro (digo alegadamente para evitar processos judiciais ou outro tipo de represálias), já poderia ter percebido o que é suposto fazer para agradar a humanidade.
Não são dias, nem semanas, nem meses. São DOIS MIL E CATORZE ANOS ( 2014!!!)  para perceber, por A + B, o que é suposto fazer para ter sucesso na sua missão.

Um Inverno com dias frios mas de sol. Chuva em quantidades regradas nas zonas onde existem terrenos agrícolas, alguns chuviscos nas cidades para as senhoras usarem as botas novas e os homens poderem usar a “desculpa do guarda-chuva” para abraçar uma donzela. Neve nos locais onde é suposto (estradas cortadas não são responsabilidade de São Pedro, são apenas resultado da estupidez humana e da incapacidade de percebermos que, para o ano, talvez neve novamente).

Uma Primavera amena para nos preparar mentalmente para as maravilhas do Verão. Um Verão quente com água do mar tépida e noites de brisa amena. Para terminar, um Outono fresquinho para nos lembrar que está na hora de ir buscar a roupa de inverno.

É só isto…nem mais, nem menos!!

Não é um Inverno com chuva interminável durante semanas, frio polar, tempestades com nomes de stripper e inundações em Reguengo-do-Alviela. Não é um Verão com temperaturas acima dos 40 graus, pragas de microalgas e um país a arder. Não é seca no Alentejo e cheias em Algés.

O segredo é não inventar!!!
Sao dois mil e catorze anos ( novamente, 2014!!) a pedir sempre a mesma coisa.
Nunca a humanidade quis algo diferente para variar. Nunca um ser humano pediu um tornadozito para apimentar as coisas, nunca ninguém achou que o que vinha mesmo a calhar era um tsunami. Nunca!

O que raio há mais para perceber, São Pedro?! E que raio de chuvada foi esta que acabou de me foder a roupa toda que estava no estendal?! Ao contrário de ti, eu não trabalho de túnica nem ando de sandálias o ano inteiro!!

Achas que dá para começar a fazeres as tuas merdas como deve ser, so naquela?!



quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Uma SMS de sonho.

16h30. Podia ser a hora Coca-Cola light. Mas não. Uma tarde no trabalho, como qualquer outra. O telemóvel vibra. Mensagem dela. "Quando saíres vem logo para casa, temos que falar". O coração dele dispara, as pernas tremem. Quando se diz "precisamos de falar", regra geral não é um bom sinal. Num esforço revê mentalmente todas as suas atitudes, todas as suas palavras. E não encontra nada que possa desencadear uma situação negativa.

Sai do trabalho, entra no carro. Perdido nos seus pensamentos e preocupado com o que se possa passar, nem presta atenção à música que vai tocando na rádio. Só quer chegar a casa bem rápido. Irrita-se com o trânsito, solta dois ou três palavrões enraivecidos, está nervoso.

Chega a casa. Não a ouve. Não a vê. Olha em todas as direcções e repara num bilhete no móvel da entrada: "segue os objectos". É quando se apercebe que tem um rasto de objectos espalhados pelo chão. Uma fotografia de crianças a brincar, uma pequena bola, um pequeno urso de peluche, uma chucha. Os seus olhos enchem-se de lágrimas. O rasto leva-o até ao quarto. Abre a porta. E lá está ela, junto à cama, de olhos brilhantes e um sorriso de orelha a orelha. E com um teste de gravidez na mão.

Apanhado desprevenido, ele fica em choque e sem reacção. Mas logo de seguida ampara-a com o seu corpo, num longo abraço e com muitas lágrimas à mistura. Instintivamente passa-lhe a mão na barriga. É agora, vem aí o primeiro fruto de um amor que ainda se multiplica a cada dia que passa.